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Ao 12º filho, Mulher para de conceber com intervenção da Amodefa

Amina Mussá, a mulher que parou de conceber com a intervenção da AMODEFA

Ao 12º filho, Mulher para de conceber com intervenção da Amodefa

Aos 37 anos, tem 12 filhos. O último dos quais nasceu em finais de Março, no Centro de Reassentamento de Meculane, no distrito de Chiúre, na província de Cabo Delgado. Amina Mussá chegou ao Centro de Reassentamento de Meculane, ida de Mocímboa da Praia, terra natal. Em Meculane chegou num grupo de 100 famílias, forçadas a abandonar o conforto do lar por conta do terrorismo, na região norte de Moçambique desde Outubro de 2017. Grávida no centro de reacentamento sem condições técnicos de saúde na área específica de serviços de parto, Amina Mussá, tal como outras mulheres deslogadas de guerra, teve a única solução de dirigir-se à tenda de saúde da AMODEFA no local que funciona com uma enfermeira de saúde materno infantil e cinco activistas e oferece serviços pré-natal e pós-parto, mas não do próprio parto por falta de condições adequadas para o efeito. Nos centros de reassentamento, a AMODEFA oferece Consulta de Saúde Sexual Reprodutiva (Pré Natal, Planeamento familiar, Pós-parto, Aconselhamento, Testatagem de HIV-Gravidez), Criança Sadia (CS), que inclui peso da criança, vacina, desparasitação, tratamento de doenças gerais e tratamento de doenças gerais para adultos. A primeira consulta pré-natal da Amina foi em Janeiro. A segunda, no mês seguinte, marcaria o início de uma nova era na vida da mulher, aconselhada a fazer planeamento familiar no pós-parto.

Esperança Marcelino, a enfermeira que aconselhou Amina Mussa (12 filhos) a fazer o planeamento familiar

Esperança Marcelino, a enfermeira que a aconselhou, enfatizou a necessidade do uso do método de longa duração, uma conversa que animou a utente. “Assim que tiver filho, farei o planeamento familiar’’. Convencida do que queria, faltava convencer o marido. Em algumas zonas, a gestação é uma forma de “segurar o casamento”. Estudos avançam que o número de filhos por família determinam o nível de pobreza e insegurança nas zonas rurais. Em finais de Março, Amina Mussá um menino. Em Abril, retornou aos serviços da AMODEFA, com mais cinco amigas, para fazer planeamento, tendo escolhido o implante com duração de cinco anos. A enfermeira da AMODEFA explica que são vários os casos similares, de mulheres que têm acima de oito filhos e agora fazem planeamento familiar no âmbito do Projecto de Emergência em Cabo Delgado. Praticamente todas as mulheres vão a tenda da AMODEFA uma vez que não têm outras soluções no local. Projecto de Emergência da IPPF alivia o sofrimento da população
Cordenadora da AMODEFA em Cabo Delgado, Cacilda Cuna (a esquerda) e a enfermeira da AMODEFA no distrito de Chiúre, Esperança Marcelino (no fundo) fazendo serviços de SSR no centro de reacentamento de Meculane
O Projecto de Emergência em Cabo Delgado, financiado pela IPPF e implementado pela AMODEFA, está em quatro distritos, nomeadamente Metuge (no Centro 25), Ancuabe (no centro de Marrocane) e Montepuez (no centro Nanhupo B), incluindo Chiúre (no Centro de Reassentamento de Meculane). Nos centros de reacentamdento a AMODEFA funciona com uma coordenadora, quatro enfermeiras e 20 activistas divididos em uma enfermeira, e cinco activistas por cada distrito. A equipa atende 420 a 970 famílias em cada centro de reacentamento; cada família tem cinco a oito membros. A população circunvizinha dos centro se beneficia dos serviços oferecidos pela AMODEFA. O mesmo beneficia também a população ao redor dos centros de reacentamento. Em Cabo Delgado, o Projecto de Emergência da IPPF é de um (1) ano e tem o fim previsto para Junho próximo. No terreno, são várias as necessidades dos deslocados do conflito, incluindo os Serviços de Saúde Sexual e Reprodutiva, campo no qual a AMODEFA tem sido um actor importantíssimo.

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